terça-feira, 31 de março de 2009

Rafting, mistura de meio ambiente e aventura

“Remem, remem”, grita o instrutor atrás do bote. Descida de rios e corredeiras seriam pouco para definir um dos esportes radicais mais procurados pelos iniciantes, o rafting, que vem da palavra inglesa raft (balsa). Desviar de pedras e obstáculos, cair na água ou capotar o bote também são algumas das características deste esporte que mistura meio ambiente e aventura.

A primeira experiência do rafting data de 1869, quando um americano organizou uma expedição a bordo de barcos com remo central. Mas foi na década de 1950 que o esporte evoluiu e tomou impulso. No Brasil, os primeiros botes para corredeira foram utilizados no rio Paraibuna, que fica na cidade de Três Rios, a 123 km do Rio de Janeiro.

O tamanho dos botes varia de 12 a 20 pés, cabendo de cinco a doze pessoas. É escolhido a partir de um dos até seis níveis do rio, classificados de acordo com o tamanho da queda e o volume de água, o comprimento das corredeiras, seus perigos e dificuldades. As modalidades nas competições são: velocidade (quem fizer o menor tempo vence), slalom (com balizas verdes e vermelhas, em que cada uma indica um tipo de movimento; vence quem fizer o menor tempo sem tocar nas balizas) e sprint (o mesmo que velocidade, mas largam três botes por vez, o que torna o esporte mais competitivo).

O colete salva-vidas e o capacete especial com furos para permitir o fluxo de água são equipamentos de segurança obrigatórios na prática do rafting. Os iniciantes, antes de entrarem no bote, recebem instruções básicas de comando de remada, posicionamento na embarcação e todos os procedimentos quanto a possíveis quedas e formas de resgate.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Esporte radical: segurança em 1º lugar

A má conservação de equipamentos e a negligência dos atletas são alguns dos principais fatores para os acidentes

Segurança. Essa é a palavra-chave quando o assunto é esporte radical. Com o crescente número de praticantes, a possibilidade de acidentes também aumenta. “A má conservação de equipamentos e a negligência de certos atletas são fatores para que muitos acidentes ocorram”, alerta a professora de educação física Jane Gerheim.

Como são esportes que apresentam riscos a vida, a professora diz que é importante checar se os instrutores são experientes e se os profissionais que estão conduzindo o esporte tem todos os requisitos básicos para exercer a profissão. Os acidentes ocorridos nas modalidades outdoors, que podem levar muitas pessoas a se sentirem receosas a praticá-las, devem-se, segundo Jane, aos instrutores sem formação adequada. Mas como em qualquer atividade física, ela aconselha que se comece aos poucos, respeitando os limites de cada um. “Observando estas recomendações, qualquer pessoa pode praticar”, garante.

Pensar na segurança é um requisito básico, mas sempre há riscos que variam desde uma escoriação devido a um escorregão numa trilha até a morte por queda em pára-quedismo, alpinismo ou rapel. Por isso, é indispensável ter conhecimento de primeiros socorros. “Em alguns esportes, como vôo-livre, estas noções são passadas junto com o curso de voo”, afirma o instrutor de alpinismo Alessandro Medeiros.

Buscar conhecer os equipamentos necessários para garantir segurança e onde aprender com instrutores capacitados são alguns dos fatores essenciais para o atleta não correr riscos na modalidade escolhida. “Caso não exista nenhuma escolhinha especifica sobre a modalidade, a solução é procurar pessoas que já a pratiquem por um bom tempo e pedir auxílio”, lembra o também instrutor Gustavo Lawall.

Os profissionais dos esportes outdoors afirmam que os praticantes que se submetem ao perigo não são radicais, e sim ‘ignorantes’. O ideal é usar os equipamentos de segurança e lembrar que, antes de tentar uma manobra radical, o melhor é treiná-la bastante. Depois de ter tomado estes cuidados, os professores garantem que é só aproveitar a sensação prazerosa que os esportes radicais propiciam. E o melhor: a prática desse tipo de esporte, aconselham os instrutores, possibilita uma maior aproximação entre novas pessoas e, dessa forma, o surgimento de novas amizades.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Festas em motéis viram febre no Rio

Se você está acostumado com festas temáticas, à fantasia, brega e afins, se prepare para uma novidade quem vem tornando às noites do Rio mais quentes. Trata-se das festas em motéis.
Realizadas a quase quatro anos, a idéia vem ganhando cada vez mais espaço. Com número ilimitado de participantes, alguma já chegaram a ter 700 convidados. – Essas festas já acontecem há algum tempo, mas está crescendo a cada dia, afirma Maria Claudia, gerente geral do VIP´s Motel. O cantor Lenny Kravitz fez o lançamento do CD Baptism no VIP`s.
Os convidados ainda podem usufruir de camas de casal, cadeira erótica, hidromassagem, piscina e sauna. Maurício Ferreira, 33 anos, já realizou esse tipo de festa duas vezes. – A primeira foi à fantasia. Esse ano fiz junto com uma amiga e reunimos cerca de 200 convidados, disse.
Maurício falou ainda que as pessoas ficam surpresas com o convite, mas por ser um lugar exótico, logo aceitam. – Para fazer esse tipo de festa tem que ter índole festeira, avisa.
No VIP´s Motel, a brincadeira não sai por menos de R$450. – Nós alugamos uma suíte de frente para o mar e cobramos esse valor para o casal. Por cada convidado há uma taxa de R$35.

* VIP´s Motel: Avenida Niemeyer, 498 – São Conrado. O telefone é 3322-5868
* Sinless Motel: Avenida Niemeyer, 498 – São Conrado. O telefone é 2512-9913

segunda-feira, 23 de março de 2009

O grande Machadinho

O grande Machadinho

Baixo, mulato e pobre. O perfil poderia descrever qualquer homem ou mulher, mas se refere a Machado de Assis. Em 2008 se comemora o centenário da morte daquele que é considerado o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Mas quem foi Machado de Assis?

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, mesmo ano em que nasceram Casimiro de Abreu (… 1860) e Tobias Barreto (… 1889). Era uma sexta-feira, inverno na Chácara do Livramento, centro do Rio, onde seus pais Francisco José de Assis e Maria Leopoldina Machado de Assis haviam se casado onze meses antes. Ainda criança, Machadinho, como era chamado pela família, perdeu a mãe (tuberculose) e uma irmã mais nova (sarampo).

O jovem tímido e simples, características que o marcaram por toda a vida, falava fluentemente o francês, dominava o inglês e ainda lia em grego e espanhol. Fato um tanto curioso, pois não existem registros de Machado matriculado em escolas da época. Autodidata, o autor de Quincas Borba iniciou os estudos da língua alemã por volta dos 50 anos.

De origem humilde, Machado de Assis chegou a vender doces. Mas foi na livraria de Francisco de Paula Brito que o pacato rapaz deu seus primeiros passos na vida literária. Paula Brito foi um grande incentivador. Mesmo com seu jeito metódico e equilibrado, em 12 de janeiro de 1855, aos 15 anos, Machado publica seu primeiro trabalho literário: o poema Ela, na revista Marmota Fluminense.

Aos 17 anos, também com a ajuda do amigo Paula Brito, o jovem Machado trabalhou como tipógrafo da Imprensa Nacional, que guarda até hoje o prelo que ele usou. Mas além de não possuir talento para a tarefa, ele ainda foi demitido por ficar lendo ao invés de trabalhar.

Em 1858, Machado volta à livraria de Paula Brito dessa vez como balconista. Interessado, ele aproveitou o ambiente e se integrou ao grupo de literários que freqüentavam a livraria. Passou a atuar também como jornalista nos jornais Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Nessa mesma época Machado de Assis teve aulas de caligrafia.

Em 1864 publica Crisálidas, seu primeiro livro de poesias. Sua obra é tão grandiosa que ele ainda publicaria algo em torno de 200 contos, 600 crônicas, nove romances, nove peças teatrais e mais três livros de poesias.

Já conhecido nas rodas literárias, Machado de Assis casa-se em 12 de novembro de 1869 com Carolina Augusta Xavier de Novaes, portuguesa do Porto e irmã do poeta Faustino Xavier, amigo do autor.

Machado morou de 1883 a 1908 na rua Cosme Velho, 18. A casa não resistiu à especulação imobiliária e foi demolida. Foi na residência que Machado ganhou o apelido de bruxo do Cosme Velho.

Sua união foi feliz, mas sem filhos. A morte de sua esposa, em 1904, é uma sentida perda, tendo o marido dedicado à falecida o soneto Carolina, que a celebrizou. Seu primeiro romance, Ressurreição, foi publicado em 1872. Com a nomeação para o cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, estabiliza-se na carreira burocrática que seria o seu principal meio de subsistência durante toda sua vida. No O Globo de então (1874), jornal de Quintino Bocaiúva, começa a publicar em folhetins o romance A mão e a luva. Escreveu crônicas, contos, poesias e romances para as revistas O Cruzeiro, A Estação e Revista Brasileira.

Sua primeira peça teatral é encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II em junho de 1880, escrita especialmente para a comemoração do tricentenário de Camões, em festividades programadas pelo Real Gabinete Português de Leitura. Na Gazeta de Notícias, no período de 1881 a 1897, publica aquelas que foram consideradas suas melhores crônicas.

Em 1881, com a posse como ministro interino da Agricultura, Comércio Obras Públicas do poeta Pedro Luís Pereira de Sousa, Machado assume o cargo de oficial de gabinete.

Publica, nesse ano, um livro extremamente original , pouco convencional para o estilo da época: Memórias Póstumas de Brás Cubas -- que foi considerado, juntamente com O Mulato, de Aluísio de Azevedo, o marco do realismo na literatura brasileira. Extraordinário contista, publica Papéis Avulsos em 1882, Histórias sem data (1884), Vária Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1889), e Relíquias da casa velha (1906).

Torna-se diretor da Diretoria do Comércio no Ministério em que servia, no ano de 1889.Grande amigo do escritor paraense José Veríssimo, que dirigia a Revista Brasileira, em sua redação promoviam reuniões os intelectuais que se identificaram com a idéia de Lúcio de Mendonça de criar uma Academia Brasileira de Letras. Machado desde o princípio apoiou a idéia e compareceu às reuniões preparatórias e, no dia 28 de janeiro de 1897, quando se instalou a Academia, foi eleito presidente da instituição, cargo que ocupou até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908. Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.

É o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono. Por sua importância, a Academia Brasileira de Letras passou a ser chamada de Casa de Machado de Assis.

Dizem os críticos que Machado era "urbano, aristocrata, cosmopolita, reservado e cínico, ignorou questões sociais como a independência do Brasil e a abolição da escravatura. Passou ao longe do nacionalismo, tendo ambientado suas histórias sempre no Rio, como se não houvesse outro lugar. ... A galeria de tipos e personagens que criou revela o autor como um mestre da observação psicológica. ... Sua obra divide-se em duas fases, uma romântica e outra parnasiano-realista, quando desenvolveu inconfundível estilo desiludido, sarcástico e amargo. O domínio da linguagem é sutil e o estilo é preciso, reticente. O humor pessimista e a complexidade do pensamento, além da desconfiança na razão (no seu sentido cartesiano e iluminista), fazem com que se afaste de seus contemporâneos."

Mercadão da Fundação

Acordou com vontade de comer aquele pedaço de torta?
Saiu para almoçar e lembrou que precisa de um coador de café?
Apareceu uma festinha para ir no sábado e não tem roupa nem presente?
Quer ir a praia, mas está sem canga?
As aulas das crianças já começaram e a lista de material não termina?
Está com calor?


Eu tenho solução! Vá para Niterói e procure a Fundação Municipal de Educação. Quer dizer, não exatamente a Fundação, mas a rua em que ela se localiza. Para quem não conhece: Rua Visconde do Uruguai, no Centro. Fica ali pertinho das barcas.

É um verdadeiro mar de camelôs. Tem de tudo. É impressionante! E você não precisa se preocupar com o horário. Eles estão no local antes das 10h e até depois das 20h. É quase um serviço escravo. É engraçado também porque é tudo misturado. Param pessoas de todos os estilos para comprar ou olhar o material exposto.

Respondendo as perguntas lá do início. Tem tortas e todo tipo de comida. Tem coador de café, sim. Tem roupas, brinquedos, mochilas, relógios, cd e dvd. Até livros! É um verdadeiro shopping. Tudo ilegal é verdade, mas quebra um galho!

O pior em tudo isso é constatar a presença de guarda-munipal e até de policiais militares. Choque de ordem? Que nada! É que eles também são clientes.

Antiga Sé

Adoro passear pelo centro do Rio. São lugares históricos por onde passaram reis e imperadores. Escravos e artistas. Sempre encontro uns programinhas ótimos, baratérrimos, mas pouco divulgados.

E ontem não foi diferente. Já estava a caminho das barcas para voltar para casa quando um cartaz atraiu meus olhos. Entrei, paguei meia-entrada e assisti a uma coisa linda. Um espetáculo de luzes e sons na igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé.

Você não conhece? Pois deveria. Na época da faculdade fiz um documentário sobre a Catedral do Rio e descobri esse tesouro. Ela foi reformada a pouco tempo e creio que o espetáculo também seja novo. A paróquia fica na avenida 1 de março, em frente a Praça XV.

O espetáculo acontece dentro da igreja. A platéia se acomoda nos bancos e começa uma série de projeções sobre a história da igreja e da cidade. Detalhe: as projeções são em um pano branco estendido no belíssimo altar da igreja. Eu fiquei maravilhada, impressionada com a idéia de conhecer e aprender a história da minha cidade de uma forma tão diferente e gostosa.

Atores doam suas vozes aos personagens. Alexandre Borges é Dom Pedro. Também escutamos Pedro Paulo Rangel, Paulo José. Vale a pena conferir. As crianças ficarão encantadas.

Espetáculo de Luz e Som (valor: R$ 8,00 / meia entrada – R$ 4,00)
Terça a Sexta-feira – 13h30
Quinta-feira (sessão popular – R$ 2,00) – 17h30
Sábado – 12h e 13h
Domingo – 12h30 e 13h
Feriados – 11h, 12h e 13h

Buzinas

São três horas da manhã. Quase não há ônibus nas ruas. Nem gente. Estamos em Niterói, mas poderia ser em qualquer outro lugar. Você está no maior e melhor dos sonos. De repente... biiiiiiiiii!

Avenida Presidente Vargas esquina com Senhor dos Passos. O sinal está fechado. De repente... biiiiiiiiiiiiii!

Se incomodou? Eu também. Mas parece que os motoristas de carros, caminhões e motocicletas não estão nem aí para o nosso desconforto. É biiii para lá, biii para cá a todo momento. É irritante!

Pior é quando um começa e os outros bobocas vão na onda. Ufa! É difícil ser pedestre. Esses dias tomei conhecimento do World Day Cycle – o dia da ciclista. Trata-se de um protesto onde os ciclistas ficam nus nas ruas para mostrar que existem no meio do trânsito. Achei a idéia interessante e até me deu vontade de criar uma forma de protesto para nós, pobres pedestres.

Sairíamos andando todos pintados e com placas e gritos de ordem. Não... sem graça. Poderíamos então parar o trânsito e deitar na pista. Acho que já fizeram isso. Já sei, já sei. Vamos seguir nas calçadas e respeitar a faixa de pedestres ao atravessar as ruas.

Bom, é melhor começar do início.


» Para descontrair: repita “pobres pedestres” três vezes bem rápido.

terça-feira, 10 de março de 2009

Síndrome “CC”

Você pode não ter percebido ainda, mas tem essa síndrome. É uma epidemia nacional. Não estou de brincadeira. A coisa é realmente grave. Citarei alguns sintomas. Cura? Depende do seu nível de neurônios vivos e em funcionamento.

+ Policial sobre a capitã Priscila:
- Ela sabe dar ordens?
- CC.

+ Apresentador Paulo Henrique Amorim para a capitã Priscila:
- Eu preciso subir também?
- CC

+ Duas mães no programa Troca de Família:
- Esse dinheiro te ajudará a suprir suas necessidades nesse momento.
- CC.

+ Locutor Francisco Barbosa para um ouvinte:
- Você não está com freqüência, mas está com competência.
- CC.

+ Repórter da Rádio Globo para Victor Simões, jogador do Botafogo:
- Essa homenagem para o pantera Donizete vai continuar?
- CC.

+ Diálogo na novela Prova de Amor:
- Boa idade é melhor que terceira idade, né?
- CC.

+ Raul Gil para um dos seus jurados:
- Você contrataria esse grupo para fazer um show?
- CC.

+ Apresentador Rodrigo Faro para o iraquiano Hugo:
- Vá ao Iraque, mas volte para o Brasil.
- CC.

Curioso?
Sua resposta poderia ser sim, claro, óbvio, lógico. Mas COM CERTEZA as resposta foi COM CERTEZA. É um absurdo o número de vezes que ouço essas duas palavrinhas por dia. ela é resposta para tudo, como vocês confirmaram nos exemplos acima. Por isso, eu clamo: CHEGA DE COM CERTEZA!

domingo, 1 de março de 2009

Botafogo 3 x 0 Resende

* Parabéns a torcida alvinegra pela vitória dentro de campo e nas arquibancadas.

** Por que a Rede Globo de Televisão tirou o áudio da torcida durante a estranha narração de Luiz Roberto?

*** A torcida do Botafogo é tão, mas tão supersticiosa que só começou a comemorar o título aos 38 do segundo tempo. Isso porque o time estava vencendo por 2 a 0.

**** Engraçado foi a torcida cantando "Vice é o Cuca!"

***** Da série "Pergunta que não quer calar": se não pode vender cerveja no Maracanã e nos bares ao redor... por que pode placa de publicidade de cervejaria? Hein, hein, hein?