quarta-feira, 19 de agosto de 2009

São Januário ou Maracanã?

Admita: você também já se fez essa pergunta, não fez? Muitos só querem jogos em São Januário. Sentir a energia e a vibração da nossa casa é maravilhoso, não tem adjetivo que descreva com exatidão o que é assistir um jogo naquele estádio. Outros adorariam mais partidas no Maracanã, palco histórico do nosso futebol. Se juntar a “ola” daquele anel gigante é simplesmente fantástico.

Mas aí vem a pergunta: São Janu ou Maraca? Vou contar uma história. Sou uma vascaína que foi primeiro ao Maracanã. Já se passaram 17 anos (UAU!), mas ainda tenho em minhas lembranças as imagens daquele 29 de março de 1992. Fazia um dia lindo, céu de brigadeiro. Acordei cedo, ansiosa com a partida. Você acredita que meu pai me levou pela primeira vez a um estádio e foi logo num Vasco x Flamengo? Louco!

Ainda vejo nitidamente minha chegada ao Maior do Mundo. Parei na subida da rampa e olhei para cima bem devagar, quase em câmera lenta. Aquelas eram as maiores pilastras que eu já havia visto na vida. Imagina toda essa grandiosidade para uma criança. Havia 92.982 torcedores no Maracanã naquele dia. Foi tudo perfeito e o Vasco goleou com gols de Bebeto (2), Edmundo e Flávio. Luís Antônio descontou para eles.

Só fui conhecer São Januário, acreditem, dois anos depois. Não me perguntem porque. Não faço idéia porque meu pai não me levou antes. Nessa época eu já era frequentadora assídua do Maraca. E nada de São Janu.

Até que conquistamos nosso primeiro tricampeonato carioca. Meu pai não aguentou a pressão que meus irmãos e eu fizemos e nos levou ao jogo de entrega das faixas. Esta é outra história que contarei aos meus filhos. Casa lotada, sol escaldante e o que meu pai faz? Vai com os três filhos de trem e sem ingresso. E fomos os quatro peregrinando da estação de trens de São Cristovão até São Januário.

Chegamos lá e é claro que não havia ingresso. Estava tão cheio e era um dia tão especial que liberaram o portão da social e conseguimos entrar. Agora respira porque ainda não acabou. Estamos todos dentro do estádio felizes e sorridentes quando surge um negão com uns dois metros de altura perguntando se queríamos entrar com o time em campo. Imagina a reação, né? O Vasco perdeu a partida para o Cruzeiro (Dida era o goleiro), mas a felicidade era tanta que nem fez diferença.

Estas foram a minha porta de entrada no mundo vibrante do futebol. Muitas e muitas histórias se seguiram depois. Boas e ruins, umas engraçadas, algumas até perigosas. Em São Januário ou no Maracanã eu estava lá nos momentos de alegria e de tristeza também. Assistir aos jogos do Vasco é bom em qualquer lugar.

E se alguém me perguntar qual estádio prefiro, a minha resposta é curta e simples: eu quero é ver o Vasco jogar. Sempre!


Saudações vascaínas,
Renata Neris - www.renataneris.blogspot.com

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